A evolução histórica de uso e ocupação do solo em Alfredo Wagner foi se realizando por atividades de subsistência e para fins econômicos de maneira intensiva, inicialmente, na exploração madeireira ao longo dos vales e encostas, nas ultimas décadas, nas praticas de cultivo do solo. Contudo, esse quadro histórico não se realizou de maneira isolada, mas dentro de um contexto brasileiro e dado desde seu “descobrimento” de exploração dos recursos naturais desconsiderando os cuidados de manejo, de preservação e ausência de visão sistêmica – relações entre os distintos elementos presentes na natureza incluindo o ser humano – na dinâmica dos ecossistemas. Essa forma de intervenção acentua o caracter vulnerável da estrutura físico-natural do município formada pela geologia, relevo, solo, e hidrografia, gerando transformações na paisagem e alterações das qualidades ambientais. Consequentemente formou-se um quadro de risco e vulnerabilidade, por vezes inconsciente, e na ausência de medidas e ações tornou a população exposta aos desastres.
As situações de vulnerabilidade no município se devem a sua posição e configuração geográfica – características físico-naturais – e as conseqüências do uso e ocupação do território. A vulnerabilidade da agricultura local, então, do ambiente rural pode refletir na economia do município, pois 45% da economia do município é representada pela monocultura da cebola. Alem da cebola o cultivo do fumo, milho, olericulas, e hortifrutigrangeiros também estam expostos aos eventos extremos de chuvas intensas, granizo, ventos, erosão e inundações.