Brasil Colônia

Nossa região já era habitada por indígenas há 3.000 anos, quando no final do século XVIII houve a primeira tentativa - pelos homens “brancos” - de explorar o interior do estado. A região do Alto Vale do Rio Itajaí limítrofe com a região do planalto, foi uma das últimas regiões de Santa Catarina a serem colonizadas, devido a sua localização geográfica. As tentativas de povoamento em Santa Catarina ocorreram, primeiramente, no litoral na região do planalto que tinha as vias de acesso através do planalto entre São Paulo e Rio grande do Sul, seguindo simultaneamente as duas vias de povoamento. Havia a necessidade de transpor um caminho de comunicação possibilitando o estabelecimento  de novas colônias, a comercialização de mercadorias nos pequenos núcleos de povoamento e comercialização dos produtos agrícolas  cultivados  nas colônias. Dificultavam a realização dessa tarefa a presença dos grupos Xoklengs dispersos pela região e a densa vegetação da Mata Atlântica.
Fazia parte dos projetos do Império (Brasil Imperial) e da província de Santa Catarina “povoar” essas terras, construir vias de acesso e com isso tonar a região produtiva com estradas e núcleos de colonização em segurança diante das possíveis adversidades. Com esse interesse em 1787, por ordem do vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza, o governador da província de Santa Catarina na ocasião, José Pereira Pinto convocara o alferes Antonio José da Costa para empreender uma viagem de estudo e conhecimento da terra. A região a ser desbravada integrava a freguesia de São José da Terra firme que se prolongava até os limites de Lages. Com essa finalidade, em primeiro de janeiro de 1787 o alferes acompanhado de 12 homens armados, 12 escravos e 7 bestas cargueiras iniciou a viagem. O caminho percorrido, inicialmente, margeava o rio Maruim e depois atravessava a floresta até alcançar o planalto. (registra-se também a data de 1792 para abertura do caminho). O alferes abriu o primeiro caminho que unia o litoral e a serra comunicando-se com a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres de Lages fundada no ano de 1766 pelo bandeirante Corrêa Pinto. Dez anos depois, o então governador João Alberto de Miranda tenta colonizar com portugueses essa picada, no entanto não alcançou êxito. Era estratégico, na época da colonização, estabelecer famílias e povoamentos ao longo dos caminhos recém-abertos a fim de segurança e servir de auxílio aos viajantes, além de povoar as terras “vazias”.
Com 1.306 metros de altitude, o Morro do Trombudo está
 localizado nolimite entre as cidades de Alfredo Wagner e
Bom Retiro e abriga vestígios do marco histórico assentado em 1791.
No ano de 1840, logo após a Guerra dos Farrapos, o coronel Serafim Muniz de Moura e seus familiares, acompanhado de 12 colonos (soldados), estabeleceu-se ao longo da picada aberta pelo alferes às margens do Rio Itajaí no lugar denominado Catuíra, ou conforme registros, outra localização possível seria nas proximidades do atual morro do Trombudo. Seguiu-se ao ano de 1840 três anos de neve abundante e chuvas que assolaram a região. Sem condições de permanecer no local, o grupo desceu a serra e instalou-se no lugar denominado Barracão Velho, um pouco abaixo do Rio Caeté e Águas Frias, em seguida abandonaram o local para um destino desconhecido.