Alfredo Henrique Wagner nasceu no Sertão do Maruim, em 28 de novembro de 1871. Filho de Henrique Cristiano Wagner e de Maria Caetana Wagner ficou órfão aos cinco anos de idade. Criado por seus tios Manoel Estefano Koerich e Catarina Wagner Koerich, Alfredo frequentou a escola em Garopaba, revelando-se desde muito jovem um excelente aluno. Ao completar 18 anos, saiu da casa dos tios, e foi morar em São Pedro de Alcântara, onde aprendeu a profissão de sapateiro.
Ciente da prosperidade que vigorava na então Colônia de Santa Tereza (posteriormente Distrito de Catuíra e atual Catuíra), o jovem Alfredo ali se instalou em 1893, onde exerceu diversas profissões: escrivão do Posto Fiscal, seleiro, sapateiro, agricultor e pecuarista. Assim que se estruturou financeiramente, casou em 1895, com Júlia Freiberger, filha dos alemães Peter Freiberger e Felisbina Schmitt. O casal Alfredo e Julia e nove de seus dez filhos residiram por quase duas décadas em Catuíra.
Com a mudança do traçado da rodovia Lages/Florianópolis para a vila do Barracão, ocorrido em 1904, passando pela margem esquerda do Rio Águas Frias, Alfredo decidiu transferir seus negócios e sua residência para Lomba Alta. Alfredo Henrique Wagner, juntamente com Jakob Schweitzer, seu concunhado, e Guilherme Althoff, foram os fundadores de Lomba Alta (atualmente, lá se encontra o Museu de Arqueologia da cidade). Lá, ampliou seus negócios, passando a trabalhar também como apicultor, madeireiro, e a fazer transporte de mercadorias entre a Serra e o Litoral, em lombo de mula.
Desempenhou também copioso espírito altruísta e comunitário, tornando-se líder exemplar na região. Como capelão, viabilizou a construção de igreja e escola para a vila, doando área de terra, além de objetos sacros. Foi um incansável trabalhador, dedicando-se até os últimos anos de vida ao progresso no município que hoje leva seu nome.
Dona Júlia tinha um grande coração. Abrigava e amparava todos os que viessem em sua casa, proferindo-lhes valiosos dizeres e ensinamentos sobre a fé em Deus. O casal recebia em sua mesa desde bispos, padres, juiz de direito, até pessoas necessitadas e mendigos.