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Barracão 1936 |
A ocupação do local onde hoje está situada a cidade de Alfredo Wagner teve início em 1890, quando Augusto Lima, acompanhado de mais alguns colonos que, chegando á Colônia de Santa Tereza, decidiram subir o rio Itajaí do Sul à procura de local mais propício à agricultura. Estabeleceram-se na barra dos rios Adaga e Caeté onde armaram suas barracas rústicas nas proximidades onde hoje se localiza a igreja católica e que então passaram a chamas de Barracão, originando o nome da cidade, denominação que nos dias atuais ainda é utilizada por algumas pessoas.
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1949 |
O local favorável à agricultura contribuiu para que o núcleo prosperasse e muitos colonos estabelecidos na colônia militar mudaram-se para Barracão. Na colônia, logo se estabeleceram sapateiros, marceneiros e pedreiros. Os primeiros moinhos e atafonas movidos à tração animal ou água foram construídos. Apesar de contar com um número considerável de serviços de artífices, desde o início as atividades que mantinham a colônia eram baseadas na agricultura, no cultivo de milho, feijão e gado leiteiro.
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Década de 70 |
Contudo, a localização da Vila Barracão num ponto de encontro das estradas que ligava o litoral ao planalto mostrou-se um local propício para o estabelecimento de casas comerciais, churrascarias, e dormitórios, oficinas mecânicas e abrigos para uso dos caminhoneiros. Na época a exploração madeireira nos municípios de Urubici e Bom Retiro tinham como destino a capital passando por Barracão. A estrada da descida da serra era precária com subidas íngremes e curvas acentuadas. Fazer esse trajeto podia levar dois dias.
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Década de 80 |
Nas primeiras décadas do século XIX chegaram a Alfredo Wagner, então Vila Barracão, os imigrantes alemães vindos da colônia de São Pedro de Alcântara. Essa colônia Foi o primeiro núcleo de colonização alemã, que a partir de 1829 começara a povoar a Província de Santa Catarina. A partir de então um novo elemento insere-se na história de Alfredo Wagner, com hábitos e costumes culturais marcantes que ao longo do tempo torna-se preponderante no contexto do município. Estabeleceram-se, principalmente, no Caeté e Picadas; eram unidos entre si e tinham pouco contato com o português ou o escravo. Destacavam-se no inicio pelos trajes característicos alemães “tendo a cabeça coberta e os pés agasalhados de grossas meias e impenetráveis sapatões”. De início a maioria não falava e entendiam pouco a língua portuguesa sendo que entre si comunicavam-se somente em alemão. O contato com a língua portuguesa era mais oportuno para as crianças que frequentavam as escolas brasileiras. Os tropeiros lageanos foram os que mais influenciaram os alemães. Os tropeiros descendo para o litoral e retornando para o planalto paravam na vila para descanso. Nessas ocasiões comercializavam com os colonos alemães e à noite reuniam-se no rancho, imigrantes e tropeiros, ao redor do fogo contavam histórias transformando-se, assim, num momento de aprendizado da língua e dos costumes da nova terra.
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Década de 90 |
Ao longo da primeira metade do século XX, com a agricultura desenvolveu-se a exploração madeireira com a instalação de serrarias e destilarias.No início da década de 1930 foi construída por iniciativa de particulares uma barragem no rio Itajaí do Sul nas proximidades onde hoje esta situado o Recanto da Arte na sede do município. A principio a barragem fornecia água para mover as rodas da água das serrarias e madeireira. No ano de 1960 foi instalada uma usina hidrelétrica que fornecia energia para as serrarias, mas também para as residências e outros estabelecimentos situados na vila e, posteriormente na cidade, durante o dia e parte da noite até às 22 horas, quando era desligada, voltando a funcionar no dia seguinte. A usina foi extinta de 1971 com o início do fornecimento de energia elétrica pela Central Elétrica de Santa Catarina (CELESC). No entanto, a barragem que represava a água do rio Itajaí do Sul somente foi aberta no fim da década de 1980.
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Alfredo Wagner - 2000 |